Após o Governo do Estado anunciar o corte de recursos enviados aos hospitais da região metropolitana, a Câmara de Vereadores de São Leopoldo realizou nesta segunda-feira, 23, uma reunião para reativar o Comitê Popular em Defesa do Hospital Centenário.

O evento, promovido pela presidenta da Casa, vereadora Ana Affonso (PT), organiza ma mobilização de vereadores, representantes de instituições e a comunidade em geral em defesa da saúde pública.

De acordo com Ana, é indispensável reativar o Comitê para lutar contra o corte no repasse de recursos pelo governo estadual ao Hospital Centenário, através do programa “Assistir”. “A Região Metropolitana é a que está sendo afetada drasticamente com estas perdas. Estamos diante de um cenário que pode significar uma verdadeira tragédia na saúde pública. Em 2017 nós defendemos e mostramos a força da comunidade em defesa do Centenário. Agora, mais uma vez, estaremos novamente defendendo o SUS e os atendimentos aos que mais precisam”, destaca.

Para a presidenta da Fundação Hospital Centenário, Lilian Silva, apesar dos cortes, o Hospital Centenário continua sendo um hospital regional, com emergência de portas abertas, diferente da rede privada que é eletivo, de um hospital de pequeno porte que não recebe ambulância. “Estes hospitais pequenos estarão recebendo dinheiro, mas ao mesmo tempo, não terão um aumento de responsabilidades. Já os hospitais que perdem recursos, continuam com a mesma responsabilidade. Nós iremos perder uma quantia importante,mas a população referenciada continua a mesma, nós não temos um número menor de pacientes para atender e não teremos menos responsabilidades, nem atenderemos menos especialidades”, comentou.

O prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi, reforça que os recursos já começam a ser retirados a partir do mês que vem. “Com este programa, Eduardo Leite destrói a saúde pública do Rio Grande do Sul, em especial, da grande Porto Alegre. Esta ação do governo vai desestruturar toda a região, vai ser uma crise, um caos, e este retrocesso a sociedade não pode aceitar. Este Movimento aqui na cidade é de resistência, na defesa do SUS, na defesa da Saúde Pública e para que se mantenha, minimamente, a rede que nós construímos, com hospitais 100% SUS”, enfatiza.

Conforme o secretário Municipal da Saúde, Marcel Frison, o programa “Assistir” vai tirar dinheiro dos hospitais públicos para investir nos privados, sem aumentar as responsabilidades de atendimento deles. “Por que nós estamos nessa briga se, tecnicamente, nós somos os menos prejudicados? Primeiro, porque nós entendemos que o governo do Estado tem uma dívida conosco, de 500 milhões de reais. Segundo, porque nós não vivemos em uma ilha e se os hospitais da região fecharem, isto vai significar um impacto brutal de pressão sobre o Hospital Centenário. Além disso, nós também dependemos de outros hospitais para atender algumas especialidades e, com este programa, o governo realoca o dinheiro mas não altera os hospitais referenciados”, salienta.

Os vereadores Gabriel Dias (Cidadania), Iara Cardoso (PDT), Tiago Silveira (PT), Hitler Pederssetti (DEM), Rafael Souza (PDT) e Fabiano Haubert (PDT) também participaram da reunião, assim como, representantes do gabinete da vereadora Nadir Jesus (PT). Compareceram ainda o secretário-adjunto da Saúde, Diego Pitirini, o vice-presidente do Conselho Municipal de Saúde, Sérgio Dienstmann e a coordenadora do Centro de Eventos, Edite Lisboa, além de representantes do Hospital Centenário e da sociedade civil.

 

Texto: Patrícia Wisnieski - Estagiária de Jornalismo/CMSL
Supervisão: Eduarda Rocha/CMSL – Jornalista MTB 0020411/RS
Foto: Gabriela Vitelo/ - Estagiária de Publicidade/CMSL

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