Em cerimônia na noite de quarta-feira (1/6), na Câmara Municipal de São Leopoldo, a oncologista Nátaly Oliari de Moraes recebeu o título de Cidadã Leopoldense. A solenidade, marcada por muita emoção, foi uma proposição do vereador Marcelo Dentinho. Mesmo com frio e chuva, familiares, amigos, colegas de trabalho e pacientes compareceram para prestigiar a homenageada. 

Natural de Santa Maria/RS, Nátaly formou-se em medicina na UNESC, em Santa Catarina. A ligação com São Leopoldo começou em 2019, quando começou a atuar na Oncologia Centenário. Neste período, além de construir uma relação de confiança e carinho com seus pacientes, a médica ganhou destaque por ir pessoalmente até Brasília e conseguir destravar verbas para a oncologia no município, expandindo atendimentos e melhorando a qualidade do serviço oferecido aos pacientes. 

No discurso de abertura da solenidade, o vereador Marcelo Dentinho declarou que São Leopoldo precisa de profissionais como a oncologista. “A doutora Nátaly vai muito além de sua função enquanto médica. É um exemplo de alguém que ama o que faz. Ama a medicina, mas, principalmente, seus pacientes. Nas conversas que tivemos, percebi seu empenho e vontade de fazer muito mais pela oncologia e, consequentemente, pelo cidadão que precisa do atendimento. Precisamos valorizar de todas as formas profissionais humanas como a doutora”. 

Primeiro oncologista clínico do Rio Grande do Sul, e fundador na Oncologia Centenário, Adalberto Broecker Neto ressaltou a relação da homenageada com seus pacientes. “Vemos no dia-a-dia que essas relações médico e paciente estão se deteriorando muito rápido, e as causas são várias. Mas quem conhece a Dra. Nátaly sabe que essa relação é diferente, e isto acontece pois ela é uma lutadora incansável para aliviar todos os tipos de dores dos seus pacientes. Ela realmente briga por eles e, por esta atitude diária, merece todo o reconhecimento”. 

Em seu primeiro discurso como Cidadã Leopoldense, Nátaly mostrou todo seu amor pela oncologia e por seus pacientes. “Meu sonho de cursar medicina nasceu ao ler um livro onde o médico ele não só abraçava o seu paciente, não só curava suas enfermidades, mas curava a alma destes pacientes também, ele olhava o paciente como um todo. Também tive casos de câncer na família, minha vó e minha tia, e vi a importância que se tinha de tocar nos pacientes, de sentir amor por eles. De nada vale saber toda técnica se não tiver empatia e amor para abraçar essas pessoas”. Sobre a relação com São Leopoldo, a homenageada falou sobre as dificuldades encontradas quando chegou ao município. “Vi que era preciso fazer algo para melhorar o atendimento prestado aos pacientes no hospital. Estas dificuldades me levaram a superar todas as adversidades, buscando sempre humanizar a medicina oncológica. Quando fui até Brasília, mencionei que os cuidados com nossos pacientes são iguais, sem diferenciar se é SUS, convênio ou particular. As pessoas devem ser tratadas com igualdade, e isto acontece na Oncologia Centenário”. Ao finalizar seu discurso, falou sobre seus pacientes, destacando que cada história é única, e afirmou: “Estes pacientes não são apenas pacientes, são pessoas, são o amor da vida de alguém”. 

Ainda discursaram durante o evento Paulo Borba, que representou o prefeito Ary Vanazzi, Júlio Galperim, que foi secretário de saúde, vereador e presidente do Legislativo Leopoldense,  enfermeira Alessandra Justo Pinto, representando o quadro de funcionários da Oncologia Centenário, pastor Dieterico Adolfo Traugott Krause, amigo da família, e Marcelo Rinka, coordenador dos Bombeiros Civis de São Leopoldo.  

NÁTALY OLIARI DE MORAES 

Filha de Adir Luiz de Moraes e Marilene Oliari de Moraes, nascida em 06 de setembro de 1985, na cidade de Santa Maria, RS. Cursou o ensino fundamental e médio na cidade natal, nas Escolas Marieta D'Ambrosio e Colégio Fátima. O Ensino Superior na UNESC, Santa Catarina, onde graduou-se em Medicina. Posteriormente fez residência médica na Santa Casa de Rio Grande, na cidade de mesmo nome. Por fim, a especialização em Cancerologia em Caxias do Sul, Hospital Geral da Faculdade de Medicina da UCS. Tem ainda em seu currículo dezenas de cursos de extensão, todos voltados à medicina.  

Seu TCC teve como objeto os limites da Medicina em pacientes oncológicos e a espiritualidade como auxiliar nos tratamentos paliativos. O primeiro contato com pacientes oncológicos remete ao internato durante o curso de medicina. Foi ali que nasceu a certeza de que podia e deveria fazer a diferença. 

 

Fotos: Márcia Greiner e Leandro Lemes

Notícias - Ver. Marcelo Dentinho - Paulo Henrique Machado ()

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